Comecei a ler livros na adolescência, mas lembro vagamente de algumas leituras infantis, e acredito que parte da minha jornada como leitora tenha vindo de ter sido apresentada a histórias, contos e fábulas.
Lembro de uma história que li de uma centopeia de tinha vários sapatos, e me fazia perguntas mentalmente sobre a curiosidade de um bichinho ter calçados, entre outras coisas que só podemos imaginar quando estamos lendo e ouvindo quem está lendo. E não, não lembro de toda a história, mas lembro como repetidas vezes a lia, assim como faz minha filha mais velha quando ganha um livro novo.
Esse ano (Abril e Maio de 2024), enquanto cuidava da minha bebê recém-nascida, meu marido me incentivou a escrever um livro. Pensei seriamente se aquele era o momento certo, e então, tomei coragem assim como a Luminha. E enquanto ela dormia, o meu primeiro livro estava sendo finalizado. Meus olhos deveriam estar brilhando de entusiasmo com um pouco de sono do puerpério. E você pode me perguntar de onde tirei forças para isso nesse momento, e não tenho uma resposta pronta. Só foi realmente muito bom ter tirado um sonho do papel, e superado o desafio de viver um sonho quando achei menos provável.
Procuramos desde cedo envolver nossas meninas com leitura em voz alta, e que maravilhoso hoje é poder ler para elas algo feito por mim.